O Governo do Brasileiro está em coordenação diplomática com países que têm conduzido operações de resgate em território do Afeganistão, de forma a retirar do país cidadãos brasileiros.
21/08/21 06:30 ‧ HÁ 4 HORAS POR RADIO JORNAL ESPERANÇA BRASIL
MUNDO AFEGANISTÃO
Em resposta a questões colocadas pelo governo portugues de Portugal, o Ministério das Relações Exteriores do Brasil indicou ter informação sobre a presença de cinco cidadãos brasileiros no Afeganistão, dois dos quais manifestaram intenção de deixar o país.
“A situação dos brasileiros no Afeganistão constitui, neste momento, prioridade para a assistência consular do Itamaraty [nome como é conhecido o Ministério das Relações Exteriores brasileiro]”, apontou a mesma fonte.
O atendimento a brasileiros está a cargo da Embaixada do Brasil no Paquistão, que também tem jurisdição sobre o Afeganistão e o Tajiquistão.
“Foram amplamente divulgados os dados de contacto da Embaixada do Brasil em Islamabad [capital paquistanesa], que tem a representação do Brasil junto ao Afeganistão e a jurisdição consular sobre o território afegão, e da Divisão de Assistência Consular, para identificar e apoiar brasileiros que precisem urgentemente de auxílio”, acrescentou o executivo.
O Governo brasileiro informou ainda que avalia a possibilidade de concessão de vistos humanitários para “pessoas afetadas pela situação política no Afeganistão em termos semelhantes aos concedidos a haitianos e apátridas da República do Haiti e para as pessoas afetadas pelo conflito na Síria”.
Inicialmente, o Ministério das Relações Exteriores havia dito que não tinha registo de brasileiros no país.
Após uma ofensiva relâmpago, os talibãs tomaram Cabul no domingo passado, o que assinalou o seu regresso ao poder no Afeganistão, 20 anos depois de terem sido expulsos pelas forças militares estrangeiras (Estados Unidos da América e NATO).
Foi o culminar de uma ofensiva que ganhou intensidade a partir de maio, quando começou a retirada das forças militares norte-americanas e dos seus aliados da NATO, incluindo Portugal.
As forças internacionais estavam no país desde 2001, no âmbito da ofensiva liderada pelos Estados Unidos contra o regime extremista, que acolhia no seu território o líder da Al-Qaida, Osama bin Laden, principal responsável pelos atentados terroristas de 11 de setembro de 2001.
Depois de terem governado o país de 1996 a 2001, impondo uma interpretação radical da ‘Sharia’ (lei islâmica), teme-se agora que os radicais voltem a impor um regime de terror, nomeadamente ao nível dos diretos fundamentais das mulheres e das raparigas.